Fazendeiro é condenado a 23 anos de prisão por matar funcionário de companhia elétrica que cortou energia após dívida de R$ 28 mil

Fazendeiro é condenado a 23 anos de prisão por matar eletricista da Neoenergia Um fazendeiro foi condenado a mais de 23 anos de prisão por assassinar um elet...

Fazendeiro é condenado a 23 anos de prisão por matar funcionário de companhia elétrica que cortou energia após dívida de R$ 28 mil
Fazendeiro é condenado a 23 anos de prisão por matar funcionário de companhia elétrica que cortou energia após dívida de R$ 28 mil (Foto: Reprodução)

Fazendeiro é condenado a 23 anos de prisão por matar eletricista da Neoenergia Um fazendeiro foi condenado a mais de 23 anos de prisão por assassinar um eletricista da então Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) – atual Neoenergia (veja vídeo acima). A condenação de Sebastião Ayres de Assis Neto foi definida no júri realizado na terça-feira (25) na Vara do Tribunal de Justiça de Limoeiro, no Agreste de Pernambuco, mesma cidade onde o crime ocorreu. O crime aconteceu na tarde de 29 de setembro de 2020 e resultou na morte de José Reginaldo de Santana Júnior, de 31 anos. Ele foi assassinado após cortar a energia de uma fazenda que pertence a Sebastião Ayres por causa de uma dívida no valor de R$ 28 mil que o proprietário do local tinha com a companhia elétrica. ✅ Receba no WhatsApp as notícias do g1 PE O réu foi condenado pelos seguintes crimes: homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e por não ter dado chance de defesa a José Reginaldo; constrangimento ilegal, sequestro e cárcere contra o outro técnico da Neoenergia que estava trabalhando no local, Edvaldo Bernardo da Silva; corrupção ativa, por tentar subornar os eletricistas antes do homicídio. A pena de Sebastião Ayres foi de 23 anos, cinco meses e 22 dias de reclusão, além de seis meses e três dias de detenção e 46 dias-multa do salário mínimo vigente à época dos fatos. Sebastião Ayres de Assis Neto foi condenado pelo assassinato de eletricista da Neoenergia Reprodução/Redes Sociais O g1 entrou em contato com a defesa de Sebastião Ayres, feita pelo advogado Gustavo Augusto, que afirmou que irá recorrer da condenação. O fazendeiro continua preso na Penitenciária Ênio Pessoa Guerra, em Limoeiro. Por meio de nota, a Neoenergia Pernambuco afirmou que: "recebe com serenidade a condenação de Sebastião Ayres de Assis Neto pelo assassinato do eletricista José Reginaldo no legítimo exercido de sua função"; "a condenação de 23 anos de prisão aplicada ao autor do homicídio reforça o sentimento de justiça pelo assassinato cometido contra um pai de família e trabalhador de conduta exemplar"; "em respeito à memória do nosso colaborador, a distribuidora seguirá atenta e atuando firmemente junto à sociedade para que crimes como esse nunca fiquem impunes". Relembre o caso José Reginaldo de Santana Júnior, de 31 anos, foi morto a tiros em Limoeiro, no Agreste do estado Reprodução/WhatsApp A Fazenda Haras Vovó Zito fica às margens da rodovia PE-95, na zona rural de Limoeiro, no Agreste de Pernambuco; No dia 29 de setembro de 2020, o eletricista José Reginaldo de Santana Júnior e o técnico de eletrotécnica Edvaldo Bernardo da Silva, na época com 39 anos, foram cortar a energia do local; Em depoimento, Edvaldo Bernardo afirmou que um funcionário e o dono da fazenda ofereceram dinheiro para não cortar a energia; Após o corte, segundo a polícia, o proprietário da fazenda, Sebastião Ayres, que já tinha trancado a porteira, atirou contra o eletricista, que morreu no local; Sebastião ainda obrigou Edvaldo a religar a energia, ameaçando-o com a arma de fogo apontada em sua direção; O técnico também foi trancado dentro do porta-malas do veículo da Celpe e, após 10 minutos, um homem que se identificou como advogado de Sebastião o liberou; Na época do crime, a companhia elétrica, em parceria com o Disque-Denúncia, fez uma campanha para encontrar o assassino, garantindo recompensa de até R$ 100 mil; Após buscas em vários estados do Nordeste, Sebastião foi preso em julho de 2021, quando estava na cidade de Timbiras, no Maranhão, a mais de 1,2 mil quilômetros do local do crime; Quando foi localizado, o criminoso morava numa casa e usava documentos falsos, com o nome de Gustavo de Freitas, além de ter feito mudanças na aparência física. VÍDEOS: mais vistos de Pernambuco nos últimos 7 dias