Cristo Redentor, Central e prédios icônicos: conheça o legado carioca da Art Déco, que faz 100 anos
Cristo Redentor, Central e prédios icônicos: conheça o legado carioca da Art Déco, que faz 100 anos O Art Déco, movimento artístico que nasceu na França,...
Cristo Redentor, Central e prédios icônicos: conheça o legado carioca da Art Déco, que faz 100 anos O Art Déco, movimento artístico que nasceu na França, completou 100 anos e tem no Rio de Janeiro sua principal referência no Brasil. O estilo, que surgiu na Europa nos anos 1920, se integrou à paisagem carioca e segue esbanjando modernidade e glamour. O Cristo Redentor, maior monumento Art Déco do mundo, também é símbolo dessa influência. Segundo especialistas, o rosto facetado da estátua reflete o estilo cubista e as linhas retas do movimento. Cristo Redentor: maior monumento Art Déco do mundo Alexandre Macieira/Riotur Segundo o arquiteto e urbanista Renato Gama-Rosa, o nome Art Déco vem da Exposição Internacional de Artes Decorativas e Industriais Modernas, realizada em Paris em 1925. O evento, patrocinado pelo governo francês, apresentou ao mundo inovações em arte, arquitetura, moda e design. A feira foi um sucesso, durou seis meses e recebeu 15 milhões de visitantes, influenciando a arquitetura de diversos países. No Rio, o estilo chegou ainda nos anos 1920, com o antigo Cinema Pathé, na Cinelândia, considerado o primeiro cinema Art Déco da cidade. Copacabana reúne prédios no estilo Copacabana concentra grande parte dos edifícios Art Déco do Rio. O antigo Edifício OK, de 1928, atual Ribeiro Moreira, foi o primeiro arranha-céu do bairro e traz elementos como simetria, pé-direito alto, colunas e mármores geométricos, típicos do estilo. Outro destaque é o Edifício Petrônio, da década de 1930, com portaria revestida de mármore amarelo e uma coluna central que lembra a proa de um navio, evidenciando a aerodinâmica característica do Art Déco. Edifício Guahy Reprodução/Google Street View O estilo também ganhou traços brasileiros, misturando elementos da arte indígena e da cultura marajoara. Na Rua Ronald de Carvalho, o Edifício Guahy, de 1932, tem paredes texturizadas e entrada que remete a um cocar de pajé. Já o Edifício Itaoca, projetado por um arquiteto escocês e erguido na Rua Duvivier, exibe referências marajoaras em sua decoração. O Edifício Itahy, de 1932, é considerado o mais emblemático do chamado "Art Déco Tupi", com pórtico em cerâmica e mosaicos que representam a fauna e a cultura brasileira. Fica no início da Avenida Nossa Senhora de Copacabana. Centro No Centro, outros exemplos importantes são o Edifício A Noite, atualmente em restauração, o Palácio Duque de Caxias e a Central do Brasil. Para o arquiteto Renato Gama-Rosa, a diversidade de projetos e a busca por inovação tornaram cada prédio Art Déco único, mantendo o requinte e o glamour do Rio de outros tempos.